segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sobre as minhas postagens


Sobre as minhas postagens



Uaaaaai......




Se alguém nessa rede sem fim acompanha o que eu posto nesse blog,deve achar no mínimo,muito esquisito,que este mesmo blog tenha um template relacionado a "Cavaleiros do Zodíaco",a obra suprema do tiozão Kurumada,que um dia tocou meu coração,a muitos e dinossauricos anos atrás,quando eu contava com apenas 12 anos de vida...

É....eu tenho 25 anos matusalênicos.....[dia 8 de abril já serão 26...]
Tenho um filho de 7anos,fruto de uma inocência juvenil....

(Sim,ainda existem meninas puras,eu sou a prova fóssil incontestável dessa condição

Sim....eu vejo desenho e nunca deixarei de ter este hábito!
O blog deveria conter mais material sobre Cavaleiros,obviamente!

Aliás,ele até contém analises de minha autoria,todas elas redigidas para comunidades do Orkut,



porém eu mesma,não acho que sejam suficientes,pois são poucas




se comparadas em relação à postagens de assuntos diversos.


A grande sacada é que no entanto,meu ritmo para escrita é meio absurdo,eu mesma, se fosse outra pessoa,não teria paciência para ler o que eu mesma escrevo!
No geral,escrevo muito,escrevo bastante,as idéias fluem como se fossem corredeiras,incapazes de não se portarem hiperativamente.



Até chegar à versão final de algo que esteja redigindo,(cacetaralho!)eu alterno inúmeras versões.

Geralmente eu arremato diretamente enquanto estou digitando,o que resulta em algo bem diferente da idéia inicial.

Não me considero nada demais,acho que estou muito aquém na realidade,acho que deveria ser muito mais e não sou.

Resumindo,eu me acho uma merda mesmo,e nisto eu sou bastante realista.

Porém,gosto muito de escrever e emitir as minhas opiniões pessoais sobre determinados assuntos,e bem,os tópicos de Orkut são um prato cheio!


Gosto de brincar com as palavras, com as regras,com as convenções,com os egos e as paciências,incluindo-se neste bolo (inclusive) eu mesma porque sou muito dura comigo mesma.

Amo escrever sobre Cavaleiros do Zodíaco,vulgo Saint Seiya....

Amo ir além,amo quebrar a minha cabeça em busca de algo que seja diferente dos batidos tópicos que gostam de medir forças entre golpes de personagens,estes sim irrelevantes salvo raríssimas exceções....

Mas como eu ia dizendo,meu ritmo é estranho.

Minha mente é um caos,não faço rascunhos...


Realizo tudo sincronicamente com as minhas aspirações.

Sim,eu sei que isso é ruim

(Cá entre nós,desde quando o caos pode ser bom? Ah nem me venha com essas papos de caos criativo....o.O)


Mas pensemos pelo lado bom do empreeendimento:

Pelo menos,eu causo assombro!


Perfeito não?


Tudo isso só para dizer que, de repente, me bateu uma gastura e que estou com uma vontade louca de elaborar tópicos novos à 3 por 2,pois o blog atingiu um certo nivel de conteúdo

por isso,terei mais tranquilidade para escrever sobre meu amado anime!

Não que o que eu tenha postado aqui não tenha a haver com Cavaleiros do Zodiaco,muito pelo contrário.

É graças a essas sabedorias que eu os redijo!

Até logo!







sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Perfil:Shina por Shina



TÓPICO ELABORADO INICIALMENTE PARA

 A COMUNIDADE SAINT SEIYA FOR ETERNITY!



Olhem só que interessante:Eu estava futucando uns e-mails antigos que eu nem acessava mais e me deparei com o protótipo do tópico que depois de muito tempo eu usei a idéia para conceber "Shina e o Conflito Mental". Estive observando....Caramba como ficaram diferentes um do outro! Mas o tema é o mesmo! Confiram!



Meus fofos!Digam quem entre vocês não conhece história de Shina,a Amazona?Sim!Que ironia! Ela é esta que vos fala!A belicosa guerreira que,de suposta vilã,revelou/se uma defensora de Athena,no melhor estilo diamante bruto!Analisando sua/minha trajetória,podemos considerar que se trata daquela velha história:"os brutos também amam".

E como amam!Carregará sempre consigo,inclusive quando baixar ao sepulcro,a desgraça da eterna questão(sente o drama): Devo ou não devo,matar o encosto?Sim,porque ela(eu) sempre o amará,vivo ou morto,não importa.

É fato o sentimento que a(me )devora.O impasse envolve a sua honra manchada,segundo o tradicional código de conduta seguido com rigor pelas amazonas.Por que será que o nome de June,de repente,me veio à cabeça?

Ah,devaneios...Curiosidades:Na mitologia grega,Foibé Artemis,a deusa da caça e da claridade lunar,era jovem e virgem e exigia que o seu séquito,tanto masculino como o feminino fosse de virgens.Tinha uma personalidade vingativa.

Não pensava duas vezes ao dar mostras do que poderia fazer se fosse contrariada ou que fizessem o mesmo com seus parentes divinos.Juntamente com o deus Apolo,seu irmão,tocou o terror em cima de uma mortal invejosa e fofoqueira.

Resultado:Os catorze filhos da rainha Níobe,foram sumariamente assassinados à flechadas.Mas,o que é legal mesmo é observar os castigos impostos aos assanhados que tentavam avançar o sinal!

Certa vez,a deusa foi surpreendida ao se banhar no rio,por se não me engano Acteon.

Vocês sabem o que ela fez?

Metamorfoseou o pervo em cervo[ih rimou!],fazendo com que seus cães o despedaçassem e o papassem todinho!

E o Órion?Este outro pervo,teve a ousadia de ignorar a vontade de Artemis,ao resolver por a mão sobre ela.O que aconteceu?O.o!

Ela fez com que um escorpião o ferroasse mortalmente. Aì lá se foram o pervo e o seu cão,ambos viraram estrelas.....[plim-plim]

E eu na arquibanca,saquinho de pipoca doce na mão,gritando:

-----Ôô,*Ôô a deusa Artemis é o terror,Ôô,*Ôô!!

Mas voltando à minha história...

Shina não pode simplesmente se esquecer do que ocorreu,tentando ignorar a existência de Seiya.Ela(eu) usa a tradição como pretexto para perseguir e estar ao lado do mancebo,mesmo tendo que machucá-lo.

Com essa atitude sadomasoquista,Shina vai vivendo o seu(meu) amor proibido e não correspondido...

Raios!

Reparem que mesmo se empenhando na luta por Athena,ela(eu) sente-se menosprezada em seu orgulho de mulher,sabe que o Seiya só tem olhos para Saori e vice versa.

Curiosidade(2):Estes dois parecem que saíram de uma novela de cavalaria,sem dúvidas!A característica maior,mais especificamente,é a vassalagem amorosa,na qual o camarada jura dedicação total à mulher amada.

Então o pervo faz das tripas coração para tudo que possa assegurar o melhor para a indefesa donzela,que convenhamos,sempre é uma baita de uma dondoca!

Aff!Shina(eu), se consome a cada dia,por que percebe que eles não estreitam a união,com toda a atração mútua...

E ela(eu) ali,de escanteio...Caramba!A amazona bem que tenta...

Mas não consegue refrear certos sentimentos...


"O ser humano é terrível,tanto em suas virtudes,quanto em suas vicissitudes"


Filosofa Shina,olhar perdido em algum lugar além do que sua(minha) máscara pode encobrir,entretida a enrolar os seus(meus) cabelos com a ponta dos dedos...

É mulher de ir direto ao ponto,dispensando frescuras.Por isso,não se conforma!

Mesmo sabendo que entre Saori e o Encosto,o que há,é amor supremo,aquele não precisa de sexo para ser completo,o chamado amor platônico....

O sentimento a(me)consome por dentro,precisa saciar essa necessidade;a fome;o apetite.Isso mesmo,apetite é como os filósofos chamam essas pulsões...

Precisa de Seiya por inteiro e por partes,quer o corpo;quer a alma do encosto.É(Sou)uma romântica,nada refreia essa obssessão.

Sintomas de um romântico:passionalidade;loucura;egocentrismo,irracionalidade,enfim!

A racionalidade meus queridos,passa ao largo!

Dando-se conta disto,Shina em um lampejo decisivo,agora acha que é hora de separar as coisas assim como os homens.É hora de analisar o amor que sente,como objeto de estudo!

Descobriu que o dilema em que vive,chama-se conflito mental e depois de ler os mestres(pena que eram misógenos...)chegou à conclusão que não ia mais sofrer!

"Agora é a hora da diversão,prepare-se Seiya,seu viadinho!"

Shina(eu) sente-se agora como um gato à brincar com o ratinho,antes de transformá-lo em filé....huahuahuah!(eco)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Perguntas e Respostas



1.Por que se ensina a gramática?

O ensino da gramática faz-se necessário ao indivíduo,pois o mesmo terá a necessidade de lidar com os mais variados âmbitos sociais,nos quais a utilização da norma culta conta como critério determinante para o prestígio desta pessoa.


2. Para que se usa a gramática que é ensinada?


Complementando a minha resposta anterior, digo que a gramática é um poderoso instrumento de coerção social, portanto se o meu aluno quer ascender socialmente deverá ter em mente que alcançará o seu intento usando a norma culta e para isso ele precisará se dedicar muito aos estudos.


3. O que é ensinado nas aulas de língua portuguesa?


O enfoque sem dúvida recai sobre a morfologia e a sintaxe, mas o conteúdo lexical é pouco explorado, pois a demanda de vestibulares, concursos entre outros exige a sabedoria dos itens anteriormente mencionados,portanto é o que aprendemos desde o ensino fundamental.



4.Como é ensinado a gramática?


O ensino da gramática é caracterizado pela utilização de textos. Quanto à aplicabilidade do conteúdo, digo que é denominado como sendo uma perspectiva textual interativa.


5.O que é mais dificíl no ensino da gramática?


Desenvolver no aluno a aptidão textual envolvendo coesão e coerência, eliminar a utilização equivocada de elementos como: preposições conjunções e locuções conjuntivas e alguns advérdios e adjunto adverbial.


6. Qual o papel dos manuais de gramática? Como o professor vê o manual de gramática?


Aplicar às aulas de língua portuguesa, uma nítida prática gramaticalista, que na realidade mais confunde do que instrui o aluno, pois limita o pensamento deste,tolhe o desenvolvimento da sua competência lingüística. Professores como eu, procuram evitar o ensino puramente gramatical pois temos consciências que estamos formando os cidadãos de amanhã.


7. Que aspectos são considerados mais importantes na escolha de um livro didático?


Todo livro didático deverá possuir uma linguagem que esteja de acordo com a faixa etária proposta, pois torna o ensino da língua portuguesa mais clara e prazerosa. Além disso temos que atentar ao fato de que um bom livro deve estar sempre à par da atualidade de modo que os alunos sintam-se num prolongamento de seus respectivos universos culturais proporcionando-lhes a oportunidade da aquisição natural de conceitos,representações,enfim tudo que é novo.


8. Como deve ser usado o livro didático na sala de aula?


O livro didático é usado como o fio condutor que guiará professor e alunos para situações além do cotidiano, onde ambos enriqueceram suas competências. O professor, opera no papel de construtor do conhecimento, neste caso.


9. O que o professor prioriza no exercício de avaliação?


O professor aplicará exercícios de sintaxe.


10.Qual a opinião do professor sobre os cursos de formação de professores?


Tem que reestruturar! A melhora na formação de professores, ocorrerá basicamente com a modificação desses cursos de formação! Professores têm que ter visão interativa, não apenas a teórica ou prática. Deverá haver relação entre a teoria e a prática, entre o âmbito escolar e o âmbito universitário. As instituições de ensino superior tem que ter a consciência de que mesmo que trabalhem os dispositivos pedagógico-didáticos,é só no âmbito escolar/educativo que eles são postos em prática.


11. Qual a opinião do professor sobre os Parâmetros curriculares Nacionais ?


Os PCN não atuam como normas para a educação a sua utilização pelas instituições educacionais é opcional. E esta situação gera impasses. Os PCN não criam problemas operacionais graves para instituições que não possuem condições estruturais e de recursos humanos, porém, as Secretarias de Educação do país todo pecam pela insegurança,dado que sentem-se pouco pressionadas a afinarem com suas orientações, tomando as providências cabíveis e necessárias para a melhoria na educação.



  • Baseado em um tema de trabalho para o campo de Linguística Aplicada,do curso universitário de Letras,formulado por mim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dibbs‏:Em busca de si mesmo



Dibbs‏:Em busca de si mesmo



A tematologia do livro aborda de forma esclarecedora a prática psicoterápica.Quando bem orientada,constitui um caminho rumo à autonomia,para quem precisa do procedimento.DIBS,uma criatura em tenra idade já marcada,por profundos traumas,é o foco da narrativa.Frequentava a escola à quase 2 anos,e só tinha problemas:não falava nunca,a princípio.Certas vezes,mantinha-se sentado e calado,imóvel durante a manhã.Engatinhava pela sala toda perdido nele mesmo.Ignorava a presença da professora e dos colegas,embora estivessem lá.Outras vezes tinha acessos de raiva violentos.Mostrava aversão angustiante à figura materna. A Equipe escolar preocupava-se:professores, o psicólogo,o pediatra;estavam confusos com aquele menino.Qual a gravidade da situação?Retardado Mental? O cérebro teria se lesionado quando nascera?Não tinham respostas.DIBS,era um excêntrico.

Porém, a Dra Axline,com esforço bem intencionado e excelência em habilidade clínica obteve a transfiguração de seu paciente em uma pessdoa notável,de personalidade marcante e acima de tudo pôde provar que ele é saudável.A mensagem deste livro é a busca interior,pois ainda,o ser humano tem de aprender muito de si mesmo,alegoricamente aludindo ao título do livro.Este serve como ferramenta aos pais,no acompanhamento do desenvolvimento mental de seus filhos,aos educadores na captação de distúrbios no ambiente escolar e na reavaliação de suas atitudes,frente a esses casos, e logo para estudiosos da mente humana,que através do estudo de casos singulares,fazem evoluir a Psicologia Moderna,no papel de desvendar o ser humano e aliviar aqueles que de alguma maneira não se encaixam na sociedade.

Quem o ler,perceberá que as aquisições humanas não se estruturam linearmente,por repetição generalizada ou pelo reforço de simples modelos de respostas.

Também,no livro é enfatizado que o tratamento profundo e efetivo da criança com disturbios,melhora a higiene mental de seus pais,ao contrário do que é pregado,o tratamento clínico dos pais,que se bem sucedido,representa(quase sempre)a melhor forma de terapia destas crianças.

domingo, 30 de novembro de 2008

O Aleph ( Um conto de Jorge Luis Borges)

Olhando a mítica morte da bezerra...

                                    *** Abordagem crítica***

"O Aleph" é uma obra que intimida o leitor à primeira vista, e vários são os motivos.


A linguagem rebuscada do narrador; na realidade ele próprio, causa estranheza a quem não tem o hábito da leitura. O texto pode parecer confuso dada a sua distribuição em diversos caminhos que parecem não levar a lugar nenhum podem levar um desavisado à desistir da leitura e a intitular-se inimigo declarado do autor.

Esse estilo de escrita é o que se convenciona chamar de labirintítico como aliás todas as obras dele são permeadas por simbolismo. Na realidade, o labirinto na concepção do autor é a própria literatura,pois ela é uma construção complexa,cheia de referências na qual cada desvão é capaz de lançar-nos a outro imediatamente contido em seu interior e assim sucessivamente até o infinito.

Literalmente a literatura é infinita, e pela sua narrativa o autor expõe a natureza literária.


Claramente o conto exerce uma função metalingüística,ou seja: A literatura explicitada pela própria literatura. Para ler esta obra é preciso utilizar os sentidos, os simbolismos são a marca registrada do autor,por isso analisa-la do ponto de vista racional não surtirá o efeito desejado.

Aqui e em qualquer outra obra de Borges,depara-se com o realismo fantástico,isto é,algo que não é real,mas por sua verossimilância acaba tornando-se mas real que a própria realidade,esta é uma característica surrealista.

Resumindo, Borges inicia sua narrativa falando da morte de alguém( Beatriz) e ele expressa um sentimento de desencanto,pois o mundo à seu redor mudou imediatamente após a morte desta.

Segundo a teoria do caos o que ele acaba de descrever é o "efeito borboleta" em que simples ações sem qualquer relação,na verdade influem em fatos à quilômetros de distância.

Percebe-se que o autor tem uma preocupação filosófica acerca da existência das coisas,a sua utilidade,a sua fragilidade.

Explica-se o que tem em comum a morte de Beatriz e o Aleph.


O leitor passa a saber da existência deste somente no meio do conto e aqui mais uma vez,mais uma referência. O Aleph na realidade é uma referência à idéia exotérica do holocentrismo em que o todo está contido nas partes e as partes estão contidas no todo.


Pergunta-se o que é o Aleph,afinal e a surpresa é que ele sempre esteve às vistas do leitor,seja no labirinto,no espelho ou no poema longo. Na verdade,não existe apenas um Aleph.

Ele é múltiplo. E a Beatriz,na realidade era apenas uma distração,uma peça que o autor pregou no leitor e ainda assim com esta brincadeira,Borges adverte-o de que tantos conteúdos acumulados legam as memórias ao esquecimento

domingo, 16 de novembro de 2008

Praticando o conteúdo!

Cavaleiros do Zodíaco: Teoria e Obra
"Seiyopéia"!
*TÓPICO ELABORADO INICIALMENTE PARA A COMUNIDADE SAINT SEIYA FOR ETERNITY!

LINK DA COMUNIDADE:http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=32724900

Classificar "Cavaleiros do Zodíaco" do ponto de vista literário não é uma tarefa das mais fáceis, exige um profundo conhecimento de algo que vai além de uma simples classificação.

Sou de opinião que a classificação comum à todos que ainda estão em fase escolar pouco contribui para a aquisição de cultura,porque tolhe o raciocínio induzindo a um pensamento pré-concebido,eliminando qualquer interesse..

Pois é, espero que não haja aproveitamento nenhum desta matéria,pois desse jeito, é chato à beça,enfadonho! Já que vamos começar a entender,a fuçar o mundo da Literatura,que seja então na companhia dos defensores de Athena!

Sem querer parecer egocêntrica,começarei do básico:é do início que vou desfazer o nó cognitivo de suas cabeças!

“E no início eram trevas...” [voz cavernosa*]

Nossa que voz é essa? Ops! Foi mal,não tão no início,né? Agora é verdade: Como se estrutura o sistema comum? Uma obra literária, à rigor pertence à uma das quatro divisões literárias: Épico (em desuso),Narrativo,Lírico e Dramático.

Está pensando que é apenas um amontoado de letrinhas? Está enganado amigo. Literatura nem sempre precisa de símbolos gráficos  para ser configurada como tal...

"Os Cavaleiros do Zodíaco", por exemplo, pertenceria ao gênero épico, por seus elementos e fim de papo!

Mas,uma percepção mais detalhada dará conta que tal classificação é falha pois toda e qualquer obra nunca se encaixará totalmente nestas divisões. E realmente o Sr. Kuru caprichou no serviço!! Cheio de referências!

Aprofundando,um pouco mais a linha de raciocínio,meus queridos leitores,saibam que antes de qualquer classificação, há a necessidade de entender o que é Literatura. Simplesmente é Arte.

Mais que isso:É a mãe de todas as artes,pois à todas contém e em todas está contida. Para quê serve Arte?Serve de nada....[olhando para o nada,distraída*]

Para nada...Aparentemente!

“Arte leva a alma humana a transceder os limites do físico,do paupável, conectando-a à essência divina”

Uia! Que função nobre!

Vou dar um exemplo: Assistimos ao nosso animê favorito e mal percebemos que nossas intenções modificaram-se naquele instante,tomamos consciência de algo superior,sabe começamos a pensar com os nossos botões...

Algo superior, que por sinal foi transmitido ao anime por seu autor. Mas não pensem vocês que essa adorável criatura tinha essa intenção em sua mirabolante mente.Tampouco ele foi original, embora seja uma obra sem igual. A idéia na realidade existia antes mesmo de seu instrumento nascer!

[ Mister Kuru]Kurumada foi tocado pelo plano divino! Este toque o levou a pôr no papel tudo que lhe vinha à mente,daí ocorreu a seqüência inversa: idéia/mangá/animê/espectador.

Kurumada: Divino até tomando um caldo

Sim,sim! Também vocês foram tocados pela consciência divina,mesmo que indiretamente! Por ter uma influência indireta em nossa mente,a tarefa de assistir aos “Cavaleiros” adquire um caráter muito próprio, subjetivo e por isso mesmo acaba por transmutar o próprio anime à condição elevada de Arte.

Recriamos a recriação de Kurumada para a criação divina! Nós somos divinos! Ufa! Apresento aqui a Teoria Literária,a qual vocês mesmos podem ver neste desenvolvimento,utiliza-se da Filosofia como base para análise. Restituo-lhes o fio da meada chamando-os à percepção do que é a essência do ser humano,algo bem mais coerente do que a classificação anterior,dita aristotélica.

Esta aqui visa o achamento da essência do homem nos domínios da criação poética. Portanto, ao estilo lírico alia-se o passado,este ente que trás a recordação. O épico alia-se ao presente,este com a rememorização e finalmente o dramático com o futuro e este com a tensão!

Assim como nós densas criaturas somos o concurso dos três tempos na constituição de nossa própria trajetória existencial,também os gêneros todos participam dos três momentos! Logo, a obra será mais completa,se todos os gêneros dela participarem,porém ainda mantendo filiação à essência de algum dos gêneros fundamentais! Sendo assim, mãos à obra!
Havia algo que Aristóteles não soubesse?

Já que o estilo fundamental de "Saint Seiya" é o épico,discorramos brevemente!

Etimológicamente,Epopéia significa "criação em versos longos". Como Mister Kurumada não foi louco o suficiente ao dar vazão à sua obra em "hexâmeros dactílicos"de uma rigidez excessiva, que à boca miúda só Homero tinha o dom para adaptá-la,espertamente dividiu-a em sagas,que estão interconectadas,pelos feitos heróicos de alguém que vocês já estão carecas de saber!

Deveria se chamar Seiyaopéia! Pois não é ele o protagonista? Quem é o ser de elevado valor moral e psíquico retratado,hein?

O épico além de narrar,descrever e exaltar,fatos pretensamente históricos e feitos prodigiosos,é também o estilo que exprime as paixões coletivas. Tudo nele tem que ter grandes proporções:

Heróis,combates,cenérios,sentimentos...Mais,o tempo na epopéia é ilimitado,toda ação é um corte sincrônico no tempo,ou seja a ação sempre estará ocorrendo sem prazo para acabar!
O acontecimento vivo!E é claro não pode faltar a presença do maravilhoso:A Atuação dos Deuses! Entre bonzinhos e malzinhos foram quantos mesmo?

E a Moira? O Destino irrefutável de que não podemos escapar! Quem nasceu sob o signo do heroísmo,não vira jogador de purrinha!E um toque de modernidade:a presença de caraterísticas das novelas de cavalaria,filhas das canções de gesta,logo netas das epopéias!

Possuem as características anteriores,porém um pouco menos rudes.De carácter místico e simbólico,estão povoadas de aventuras penetradas de espiritualidade(no caso de cdz,não é cristã) e subordinam-se a um ideal místico, que sublima o amor profano. Já perceberam que em CDZ não há demonstração real de qualquer tipo de sentimento entre os personagens que vá além da lealdade,da camaradagem?

O amor é algo perigoso,ameaça a harmonia coletiva,vivenciá-lo significa perdição.
Quem não fica pasmo com o dilema de Shina? Mesmo Seiya,que sabemos ter forte ligação com Saori,não os vemos externar esse sentimento. Pelo contrário,ele o sublima de modo que transforme em amor platônico, o ágape divino.
Epopéia
Sabendo qual é a base fundamental de nosso querido animê,passemos naturalmente à uma rápida descrição das referências restantes. Segue-se o gênero Lírico!

Já repararam nas cenas que mais tocam os seus corações?

Te fazem pensar:Eu já vivi situação parecida,estou com uma sensação estranha no peito!Digam com sinceridade:A visão da cena,muitas vezes de aspecto onírico e a música de fundo conspiraram para que vocês fossem às lágrimas?

Me lembro de como chorei ao ver a mãe se perder na imensidão do abismo gelado...
Que bela cena Ikki depositando uma flor à sua amada Esmeralda...E é impossível não chorar junto,não querer consolar o sensível Shun!

Esse recurso é explorado à exaustão na lírica.Quem já ouviu falar a expressão "saber de cor"? Vem diretamente do latim,cor é "coração",logo recordar é retomar aquele sentimento que temos no peito!

É o princípio básico desse gênero. Quanto à palavra lírica,esta deriva do grego,significa algo concernente à lira ou ao som que desta se desprende. Antigamente,a poesia era cantada,ao som de liras e cítaras,pelos aedos.

A lírica é irmã gêmea da epopéia,pois originou-se na tradição popular e em antigos ritos religiosos associada aos principais ritos da vida: do nascimento à morte.

É um gênero de muitas faces,não só feito de poesia escrita,como todos estamos convencionados a acreditar,pois está vinculada à expectativa da livre imaginação,onde a emoção supera o pensamento. Ou seja,têm que haver um clima!

E para pintar um clima,nada melhor do que música!

Lírico

Realmente, Doctor Kuru caprichou na carga emotiva! Até os durões ficam com o coração apertado...ou leve,conforme a ocasião,todo mundo pode ser fofo!

Próximo bloco: Drama!!! Sou workaholic de carteirinha,não agüentei ficar longe do meu serviço!

Bem,está faltando falar do Drama e das suas referências em "Cavaleiros do Zodíaco".

Etimologicamente,significa ação. Literalmente a histórias se traduz,na ação dos personagens.Enquanto a narrativa épica se expande no tempo e no espaço,deslocando-se de um lugar para o outro,de um tempo presente para um passado ou futuro,a ação dramática está restrito a um local,o palco(no confundir com o conceito teatral,pois o palco não precisa ser necessariamente o de teatro).

O gênero dramático póde ser encontrado em múltiplas obras literárias,sem que se tenha a intenção de representar. A principal característica do drama é a tensão que costuma provocar no espectador.Esta tensão têm duas características fundamentais que são o páthos e o problema. O páthos é um sentimento exarcebado,paixão,leva o autor,neste caso o Sr. Kuru,a criar um tipo de linguagem comovente e arrebatadora para traduzir a força da resistência da personagem nos embates do mundo que a cerca.

A fala patética é impetuosa,arrancada com grande esforço anterior.Esse tipo de fala pressupõe uma assistência,um "tu"que a ouve e se comove.

Há dois tipos de phatos,o da dor e o do prazer. Em todo caso,é uma comoção espontânea que não necessita ser conscientizada nos seus objetivos e na sua origem. É sempre direcionado a algo que se crê e em que se deposita confiança!Querem algo mais magnífico do que a cena em que aquele certo rapaz,Seiya,o nome dele,enfrenta no seio de sua humanidade,todo o poder do deus Apolo,em "Prólogo do Céu"?

A força do phatos tende para um clímax,onde os objetivos são atingidos. A problematização dentro do gênero dramático funciona como algo que é inicialmente proposto e que deve ser solucionado,portanto não é permitida a fala supérflua,literalmente estamos sempre com o coração na boca,esperando a solução da situação. Aí é o que podemos chamar de histórica trágica,pois a tragédia é a situação-limite em que se rompem todas as normas e anula-se a realidade humana.

Continua o capítulo, Drama!

Atingimos o clímax! A esta altura do campeonato,alguém tem que morrer,se ferrar mesmo,para que o impasse na trama seja desfeito e a história prosseguirá de preferência com final feliz!
Se correr o bicho pega,se ficar o bicho come....esta á a ordem natural das coisas.Quem não se comoveu (por que não revoltar-se?) com a morte de Cassius?

Se o "laranjão" não tivesse morrido,qual seria o rumo da história?

Madame Athena,nossa querida deusa,não teria escapado ilesa,iria se desminligüir em chuva e flecha. Comentário pessoal: "Realmente foi um prodígio não se afogar,porque precisa de amparo até para respirar."

Em vão esperaria por Seiya,até os seus últimos minutos,pois ele,por seu turno estaria se livrando de dois fardos pesados:Livre da possessiva Shina(já morta) e da alcunha de "encosto",porque finalmente iria abotoar o paletó de madeira.

Shina deixaria de viver o seu eterno dilema e morreria com um sorriso de orelha a orelha por estribuchar ao lado de seu amor proibido.

Cassius,coitado! Morrerá de qualquer jeito,pois quem perde a orelha,ainda por cima para o Seiya,morre na mão de qualquer um! E Aiolia,o honrado Cavaleiro de Leão Gold?
Autor da chacina da quinta casa,o cara mais incorruptível do Santuário,encontra-se em estado alterado de consciência.
Está mal feito pica-pau e assim permanecerá para todo o sempre.Sob artimanhas do Mestre,o Gold,agora de posse de sua porção "maluco-perigosão do pedaço",continua a chacina,atacando tudo o que se move e o que não se move também...

Dentro em pouco,criatura e criador se enfrentariam,isto é, Aiolia e Mestre,disputariam palmo a palmo o mundo em ruínas...nem me perguntem que foi feito do Santuário...e daí para...Hecatombe!

Lembra aquela cantiga popular: a aranha no rato,o rato no gato.....e a velha a fiar!Efeito dominó! Efeito Borboleta para quem preferir! Para evitar que a lambança se concretize,afinal com a morte do protagonista não há mais razão para haver história.

Continuando...

Monsier Kuru resolveu sacrificar Cassius em prol de um bem maior,ou seja,o pobre gigante tornou-se o popular "bucha". A vida é assim...O personagem,que aparentemente só faz figuração, desempenha um papel decisivo,elevendo-se ao status de herói póstumo.

Sintam as maravilhas que essa execução calculada permitiu ocorrer: Cassius se sacrifica e evidentemente morre. Mas morre bem,diga-se de passagem. Declara seu amor por Shina e morre feliz!

Esta por sua vez,continua a mesma amazona marrenta,problemática,perseguindo o Seiya,arauta das ambições dos megalomaníacos da vez e tremendo coração mole...com um adicional...continua vivinha da silva!!

Seiya nunca conseguirá se livrar de seus piores pesadelos,que continuam sendo,a apaixonada Shina e a alcunha de encosto,porém sua alma grita de felicidade por fazer o que gosta:Salvar Athena!

Aiolia recobra a consciência e descobre que estava pagando um mico dos diabos,prestando serviços à banda podre do Santuário e libera o Seiya para que continue a desempenhar a sua aeróbica alucinada para salvar Athena/Saori!

É a vida retomando o curso normal,é a história seguindo o seu rumo...Cassius você é um fofo!
A esta função que Her Kuru lançou mão,dá-se o nome de catarse,que é a superação dos problemas,é o alívio da tensão,o término do clímax.

Ainda falando de gênero dramático,a comédia faz parte deste núcleo. Quantas vezes vocês já se pegaram rindo de algumas situações em Cavaleiros do Zodíaco? O riso sempre estoura em situações banais,como aquela vez que os Cavaleiros de Bronze ficaram com cara-de-tacho,enquanto Kikki lhes mostrava os desgastes sofridos por suas respectivas armaduras. Aliás Seiya é um palhaço nato!Das cenas engraçadas,pelo menos 90% são protagonizadas por ele!
Drama
Também tem a espada de bambu do Tatsumi...

Estou tentando me lembrar da vez que os Cavaleiros Gold,esperando pela última batalha nas doze casas,quais foram os que ficaram se ameaçando elegantemente,só sei que chorei de rir com essa cena! O Kikki, pondo apelidos de crustáceos e outros frutos do mar na Thetis,também foi boa,ela ficou com cara de normalista neurótica! Vocês é claro,devem se lembrar de outras.E se elas lhe despertaram um censo crítico,pois os fizeram lembrar de situações parecidas que tenham vindo a protagonizar e hoje em dia prometem mais a sí mesmos que tais cenas não mais irão se repetir,então o gênero alcançou o seu objetivo pela pena de nanquim posta nas mãos de Kurumada!

Ambas, Tragédia e Comédia são uma espécie de alerta coletivo para os defeitos e excessos inerentes à espécie humana.Preciso dizer mais alguma coisa? Quem ficar com dúvidas pode consultar Freud! Mas como a ligação além-túmulo custa caro,aqui na SS4E,soube que há um doutor à altura do austríaco! Vale a pena tirar dúvidas com ele!

A obra que Titio Kuru orquestrou é ou não é completa? É um sacrilégio classificá-la de maneira superficial,sem uma busca detalhada. E isso todos nós podemos fazer. É muito simples...Basta aplicar a Gnoseologia!Uia! Mas que palavrão! Nada mais é,que aprender por observação! Aqui está um levíssimo aperitivo,quem quiser observar é só começar!

Enquanto isso no QG... nosso conhecido Kurumada continua dando vazão à sua fértil imaginação e continua a criar os personagens,que irão povoar o nosso imaginário...

E o público vai participando da história, se envolvendo com os personagens,criando laços de identificação ou simpatia e ainda há casos de antipatia e aversão,independente a que lado o personagem pertence,se é bom ou se é mal.Tudo depende do carisma dele.
Vejamos, alguns acham o Shun muito fresco, um tanto suspeito,outros acham ele um amor de pessoa...O protagonista Seiya é encarado como um encosto,muitos acham o Mu sem sal e pasmem,tem aqueles que defendem os maus feito pica- pau!!!!

°Continuandoº

Entre tantos "etes":Muzetes,Shaketes,Saguetes,Aldebaranzetes e etc,tem quem adore figuras controversas,tipo o Máscara da Morte,e com todo o direito, os fãs do siri acham que o tratamento dado ao personagem é deveras cruel e injusto...Seu Kurumada deve ficar muito besta com tanta repercussão!

Seus personagens rendem discussões positivas. Aqui mesmo na SS4E,há uma profusão de tópicos interessantíssimos,que dão conta da essência de cada personagem. Muito bom!Depois dessa,me lembrei que existe um tipo de classificação de personagens,referente ao modo como o autor apresenta os personagens em sua trama.

Mais uma vez repito:não se ocupem em classificar e sim em investigar a obra,esse é o mote do crítico literário,que é quem se envereda pelo caminho da Teoria da Literatura.

A classificação é apenas o ponto de partida para a compreensão do objeto de estudo em qualquer que seja a área a ser explorada.
Voltando ao macete,no gênero narrativo,herdeiro direto do gênero épico,existem dois tipos básicos de apresentação de personagens:o plano e o esférico.

Os alvos de nossa observação serão[óbvio]os personagens de destaque,não adianta nada aplicar o macete nos personagens papel de parede!A personagem plana é trabalhada emocionalmente,porém de maneira superficial,não como um todo.

Dá para imaginar que esta manterá sempre o mesmo perfil,não sofrerá mudanças durante a história.A personagem esférica,pelo contrário é trabalhada em profundidade,portanto irá expor o seu lado emotivo e o seu lado racional...e tome saraivadas de reflexões existenciais,conflitos internos...Vocês já desconfiaram do que eu desconfio?
Maniqueísmo: Tenho lá as minhas dúvidas

Agora me respondam imediatamente:

Se Kurumada surtasse e deistisse de ser o cérebro de CDZ,pondo um ponto final na trama dos defensores de Madame Athena,vocês acreditariam que este seria o fim?Me explicando melhor,acham que CDZ cairia em esquecimento? Eu acho que não,sabem porquê? A própria obra tem a sua carta na manga

Huhuhu... E a saga continua!

Tá. O Kurumada tem um colapso mental e em crise criativa, diz "adiós" à sua própria obra e resolve ir morar numa casinha de sapê no cume do Cáucaso.

Ele pode fazer coisas improváveis e mesmo assim não detonará a própria obra,mesmo que faça coisas como treinar cooper travestido de urso vermelho e fumando cachimbo azul...pode cultivar repolhos na borda de um vulcão em erupção vestido de tubarão amarelo montado num cavalo sadomasô...Nada disso irá denegrir CDZ porque a trama existe independentemente do autor à partir do momento que sai de sua cabeça! Na realidade,obra nenhuma cessa quando o seu autor por algum motivo,pára de dar andamento à ela.Ela continua em franca expansão nas mentes de seus admiradores e a prova disso são as FANfics.

Caso Father Kuru estivesse na pior ele não precisaria ir ter atitudes tão extremas! É só passar aqui na comunidade,que ele volta a ficar criativo! Pareço criança com imaginação fértil...imagine o Doctor utilizando todos os cérebros da SS4E...nada poderia ser mais justo! As FANfics daqui têm selo de qualidade!A permanência de uma obra para além da poeira dos milênios é definida pelo nível de seu "cosmos. Xi! Lá vem a Carol com esses papos doidos!

Já diziam meus encucados coleguinhas de colégio!Essa força recebe vários tipos de nome,mas se estamos falando de CDZ, nada mais apropriado do que batizar de cosmos e até calha de se aproximar do sentido original da força.

Sim a obra possui força própria,algo diferente do"Cosmos" de seu criador ou do de seus admiradores. Só a intensidade dessa força definirá se a obra é eterna ou passageira, é a diferença entre sucessos momentâneos [ao melhor estilo bestseller encalhado] e as obras eternas como é o caso de Ilíada e Odisséia, de Homero...estas serão sempre referências...

O Grande Chefão Kurumada se inspirou nos mitos gregos e estes são eternos...aliás toda a cultura grega é eterna,tudo o que sabemos de artes ao àtomo devemos à esta cultura...Cultura Clássica!

Do seu próprio pulso o fã dá forma à fôrma!

Tem mais! Hohoho!! Segue!

Os mitos gregos são eternos porque a sua energia faz a nossa reagir,de imediato comunicamo-nos com tempos imemoriais e tempos futuros...Intimamente estamos conectados à papéis imutáveis que sempre ocorrerão a qualquer tempo,pois são de caráter pancrônico,eles superam a barreira do tempo e do espaço.

A grande e definitiva prova que "Cavaleiros do Zodíaco" é uma obra eterna é simples,porém impactante: A nossa reação.

Toda vez que assistimos à CDZ é como se o mundo parasse de girar, não vemos mais nada ao nosso redor, é uma emoção profunda que toma posse de nós,que simplesmente não conseguimos reagir,ficamos ali mudos de admiração assistindo ao espetáculo!É assim toda vez que vemos, é o cosmos queimando!E geração após geração,acreditem: A reação dos admiradores é a mesma!
O mundo pode se acabar mas Saint Seiya estará lá assim como o fez a Odisseía!

Como toda boa professora eu gostaria de sugerir um exercío muito divertido de percrustação de obras!Em Teoria da Literatura, existem várias "escolas" críticas e dentre elas a mais comentada atá hoje foi o "formalismo russo."Existiu um Senhor chamado Vladimir Propp e ele era desertor dessa modalidade crítica.

Pois bem,ele inventou um método para analisar contos fantásticos,que realmente é muito divertido de se aplicar: As funções de contos de fada!Caso alguém queira saber mais estarei pronta a esclarecer pormenores,mas as funções são facílimas de serem aplicadas!E é obvio que vocês irão aplicar em CDZ!

Dependendo da situação as funções podem ser prestadas em rodízio por praticamente a maioria dos personagens,depende do ponto de vista de quem faz a investigação!
Vladimir Propp: Me gusta!

Doctor Propp para facilitar,dividiu os personagens em esferas de atuação:

1ª Esfera - O agressor (o que faz mal)
2ª Esfera - O doador - o que dá o objeto mágico ao herói (talismã)
3ª Esfera - O auxiliar - que ajuda o herói no seu percurso
4ª Esfera - A Princesa e o Pai (não tem de ser obrigatoriamente o Rei)
5ª Esfera - O Mandador - aquele que ordena a demanda
6ª Esfera - o Herói
7ª Esfera - o falso herói

Como veêm,é facílimo identificar!

Estas são as funções de Mister Propp:


AFASTAMENTO – um membro da família se afasta de casa;

INTERDIÇÃO – ao herói é feita uma proibição;

TRASNGRESSÃO – a interdição é transgredida;

INTERROGAÇÃO – o agressor tenta obter uma informação;

INFORMAÇÃO – o agressor recebe a informação;

ENGANO – LOGRO – o agressor tenta enganar a sua vítima para se apoderar dela ou dos seus bens;

CUMPLICIDADE – o herói deixa-se enganar e ajuda seu inimigo sem saber;

MALFEITORIA – DANO – Esta função é extremamente importante, porque é ela que dá ao conto o seu movimento. As sete primeiras funções funcionam como a parte preparatória, a intriga inicia quando ocorre o dano ou malfeitoria;

MEDIAÇÃO OU MOMENTO DE TRANSIÇÃO - esta função introduz em cena o herói;

INÍCIO DA AÇÃO CONTRÁRIA – o herói decide fazer algo para reparar o dano sofrido;

PARTIDA – o herói deixa a casa;

A PRIMEIRA FUNÇÃO DO DOADOR – o herói passa por uma prova;

REAÇÃO DO HERÓI –o herói supera a prova;

RECEPÇÃO DO OBJETO MÁGICO - o objeto mágico é colocado a disposição do herói;

DESLOCAMENTO NO ESPAÇO - o herói é transportado para outro lugar;

COMBATE – o herói e seu agressor defrontam-se em combate;

MARCA – o herói recebe uma marca;

VITÓRIA – agressor é vencido;

REPARAÇÃO DO DANO – a malfeitoria inicial ou a falta são reparadas;

VOLTA – o herói volta;

PERSEGUIÇÃO - o herói é perseguido;

SOCORRO – o herói é socorrido – pode ocorrer repetição da seqüência;

CHEGADA INCÓGNITA – o herói chega incognitamente;

PRETENSÕES FALSAS - um falso herói assume o papel do herói;

TAREFA DIFÍCIL – ao herói é sugerida uma tarefa difícil;

TAREFA CUMPRIDA – o herói realiza a tarefa;

RECONHECIMENTO – o herói é reconhecido por algum sinal;

DESCOBERTA – o falso herói é desmascarado;

TRANSFIGURAÇÃO – o herói recebe uma nova aparência;

PUNIÇÃO- o falso herói é punido e exilado ou morto;

CASAMENTO:o verdadeiro herói se casa e herda o trono.

Nem todas as funções aparecem,portanto não fiquem desesperados se não acharem uma função!
A tartaruga é mole,mas quando resolve morder não larga mais!

Bem, é isso!Espero que tenham gostado do tema e que façam a lição!Desculpem-me pélo tópico postado à passos de tartaruga,mas acredito que consegui me expressar com começo,meio e fim!Algumas coisas passaram batidas,porém conforme perguntas forem surgindo,eu as esclarecerei!Beijocas!

Teoria da literatura is all!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amit Goswami é o cara!

Amit Goswami pode aparentar ser apenas um velhinho bonachão.Na realidade ele é extremamente kawaii,acho que todo mundo desejaria ter um avô tão espirituoso assim!
Do alto de seus 70 anos de idade ousa defender idéias que podem parecer surpreendentes as nossas vistas,afinal,que louco hein,unir espiritualidade e ciência!

Obviamente,nós temos que nos render à sua proposta!


Este senhor não é qualquer um não! É um respeitado físico nuclear de nacionalidade indiana.
Digo respeitável,mas não a nível regional,tipo,até ali na esquina,o famoso tio da pipa! É a nível internacional!Professor emérito no Instituto de Física do Oregon,nos Estados Unidos,é obvio que o velhinho tem tanta bala na agulha,que estas suas idéias,acabaram por inspirar um filme que a estas alturas tornou-se cult: "Quem somos nós" ?,cujo enredo trata de possibilidades e neste caso,a concreta possibilidade de alterar a realidade com o pensamento.
Não,não é treinamento Jedi,muito menos de Kung-fu! É o que se chama de sincronicidade!






Para melhor entender o que esse sábio senhor prega,nada melhor do que beber da fonte,não acham?A essência do filme deve ser degustada!Sendo um físico nuclear,Seu Amit,direciona seu trabalho,seu tempo e seu tesão para a física quântica.O que é Física Quântica afinal? É um ramo da Ciência que estuda basicamente as partículas atômicas e subatômicas.Mas o que tem a ver partículas com possibilidades? O ativismo quântico,consiste no uso de conhecimentos quânticos para transformar o mundo! Quando digo mundo,me refiro desde a nossa vidinha joselita até tudo aquilo que nos cerca.Isso implica deixar de ser ganancioso,principalmente por coisas materiais.
Por isso esqueçam esse papo de "TIME IS MONEY"!

Segundo o vovô kawaii da terra de Lakshami,temos quatro tipos de percepção:
A sensação,no plano físico;
A emoção no plano vital/energético;
O pensamento no plano mental;
A percepção sutil,intuição ,plano espiritual.
É preciso interconectá-las! A tendência dos homens é racionalizar,desperdiçando a intuição.Isso é um erro!Não temos como ignorar a sensação no plano físico,mas tratamos a pão ressecado e água suja,emoção e intuição.
A mensagem do filme é uma só: A intenção é capaz de operar de modo positivo a nosso favor!
O povo se amarrou por outro cult "O Segredo",mas mal sabem eles que o defeito deste é o excesso de materialismo.Temos que nos conscientizar que tudo está interconectado.
A Consciência Quântica seria portanto "Deus",uma vez que ele é o grande criador de nossas possibilidades!
Falou bonito!
Palmas para o Goswami!