domingo, 27 de novembro de 2016

Mãe de três!

Muita coisa mudou em minha vida. Nesses últimos tempos eu havia perdido o ânimo em escrever no meu blog. Eu também passei a crer e a estudar a Torah,então,naturalmente,tive que me descontaminar progressivamente de tudo aquilo que eu tinha sido até então. Dá para perceber que mudei até mesmo,o nome do blog,em busca de assumir uma nova postura e me desvincular do que eu cultivava,algo que hoje,entra em conflito com a minha fé e o meu entendimento. Nesse meio tempo também,finalmente após sucessivas perdas,consegui engravidar e dar à luz a um pequeno,mais um menino! Ele completou 1 aninho neste mês de novembro,sou muito orgulhosa desse verdadeiro milagre na minha vida! Não tenho palavras para descrever o que eu sinto ao ver os dois irmãos,rindo,brincando,comendo e dormindo juntos. Tão parecidos! Só faltava a convivência do meu mais velho,que de certa forma,tenho que me conformar que é inviável por uma série de motivos e principalmente pela incompatibilidade de "sistemas" familiares,lembrando que ele mora com os meus pais. Então,hoje,aos 33 anos,sou uma mulher realizada em parte. Tenho três filhos homens: Marçal,que vai fazer 15 anos em março,Zelf que completou 7 anos neste mês de novembro e Zefir,de 1 aninho.Sou muito feliz por ter alcançado esta família,o Criador sabe o quanto eu sou grata por isso,filhos são uma benção! O meu desejo é continuar honrando o meu marido com mais filhos,eu o amo e amo saber que podemos ter filhos.


Meu útero não é seco,muito pelo contrário,basta a semente ali se depositar que imediatamente,brota. O problema é a falta de sintonia entre nós. Crise dos 7 anos? Queria poder dizer em um futuro próximo: "Nós superamos a crise,estamos melhores do que jamais fomos um dia,Amém!" Quem sabe o Criador não concede essa minha kavanah? Sou mulher de parir homens. Obviamente,eu quero que eles sejam bons homens,obedientes à Torah,e que sejam homens que sejam capazes de amar às suas esposas de forma equilibrada,sem cair num dos extremos,ou com veneração ( idolatria com cunho sexual) ou com alienação ( distanciamento,gaslighting,mecanização,etc). Óbvio que desejo essa dádiva de meus filhos,porém quero que se casem com mulheres que tenham a mesma visão perante a Torah.É difícil,sabe-se lá por qual motivo,eu engravidar de uma menina. Estudos dizem que meninas vem em épocas em que a mulher está estressada,então é quase impossível eu ter uma filha,pois sempre que me estresso,se estiver grávida,eu perco. Porém, eu penso, e se eu tivesse uma filha? Eu a instruiria perante a Torah,exercitaria finalmente o meu feminino voltado para os mandamentos do Criador. E principalmente,não desejo para essa minha filha hipotética,que passe por certas situações. Desejo que ela seja uma ótima esposa para o seu marido,que lhe dê bastante filhos,que possam ter uma bela vida,uma bela família. Certo que esse homem terá que ser um homem como eu desejo que os meus filhos sejam! E o padrão que uso como referência,é o casal Rivka e Itzak ( Rebeca e Isac). Pode parecer mais do mesmo,não me importo. Mas é esse modelo harmonioso de casal que eu quero para a minha descendência. Não se pode acusar romanos pela monogamia desses casal,eles simplesmente tem sintonia,e esta sintonia é a Torah. Ambos se fazem bem,mutuamente. O próprio nome deles,diz muito. Itzak significa,"Ele ri" e Rivka significa "Laço". Além de demonstrar algo fisico,que tenha ocorrido,entendedores entenderão,os nomes dizem muito sobre suas personalidades. Itzak com certeza tinha muitas qualidades,e a principal era a empatia,afinal,sua esposa chegou a ter dificuldades para engravidar,ele poderia muito bem ter arrumado mais esposas,mas por empatia,e por lembrar-se talvez do que ocorreu com sua mãe,Sarah,ele preferiu ter apenas a sua esposa. Rivka com sua extrema obediência e devoção,conseguia prendê-lo de tal forma que não haviam brechas para que outras decisões pudessem ser tomadas,mesmo quando ela poderia ser naturalmente desfavorecida. E essa monogamia deles em nada os impediu de serem patriarca e matriarca de uma numerosa descendência. E era até aqui que eu queria chegar. Sou abençoada por ser mãe de três. Mas a minha kavanah tem o alcance maior. Quero ser matriarca de uma descendência que não possa ser contada,quero ser mãe de milhares! Por hoje é isso,prometo aparecer mais por aqui! Beijocas!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Poser,para quê te quero?




Minha primeira postagem em 2013! Confesso que estes últimos tempos não estavam sendo nada produtivos para mim, o que obviamente rouba a nossa alegria de viver,quiçá a alegria de postar alguma coisa. Hoje eu resolvi que vou falar sobre música,muito animada e comediosa por sinal,mas que na realidade trata-se de uma crítica ferina àquelas pessoas que fazem de tudo para aparentarem ser o que não são e acabam por renegarem sua própria cultura e é claro,dão margem para que os copiados sintam-se no direito de se acharem superiores o que nem sempre é verdade.É modismo!  Não,não estou falando de "Oppa Gangnam Style" do coreano Psy,apesar de gostar muito da música,eu me divirto demais toda vez que toca,aliás a minha diversão é achar as diferentes paródias do hit! Tem umas que são muito bem feitas e outras nem tanto! Ela poderia se encaixar perfeitamente na descrição que fiz,porém a música de que falo não é recente! Ela é do ano de 1956, mesmo ano em que a minha mãe nasceu!A divertida letra de Tu Vuò Fa' L'Americano conta a história de como a americanização torna as pessoas fúteis,algo fácil de concluir devido a atitude do sujeito que se comporta de acordo com os padrões daquele país e deixa de lado a sua cultura por achar que assim será considerado "fodão". E naquele tempo, o American Way Life resumia-se ao consumo de produtos como as bebidas que eram uísque,refrigerante ( soda ),ouvir músicas yankees e dança-las ao estilo peculiar da época,ritmo americano era sinônimo de rock 'n ' roll . Além disso era obrigatório jogar baseball,fumar cigarros da marca Camel,e acrescentando à lista de características,andar em alta velocidade em carros da moda e ter um pente no bolso...




Conclusão: O cara era fodão,popular,porém papai e mamãe tinham que o bancar. E a Itália dessa época,sim porque tanto o personagem como o artista são italianos, e o país,apesar das inovações ainda era rural e tradicionalista. Pode-se dizer que o  próprio Renato Carasone, o rapaz que toca e canta ao piano,compositor da música,na realidade está dissimuladamente fazendo uma autocrítica,com muito humor,uma vez que o ritmo empregado é o jazz americano,mas como ele mesmo disse,é um jazz americano ao estilo italiano,ou seja,ele não apenas está tentando imitar o estilo americano,melhor ele mostra que é capaz de fazer bem feito e além disso supera os americanos em sua própria criação! E o segredo está por aí mesmo, o recado é esse: Não seja poser! E essa mensagem vale para qualquer tipo de cultura que você aprecie,não é restrita apenas à americana! Poser é aquela pessoa que aje sem ter noção do que está fazendo,apenas porque vê que todo mundo faz e geralmente,ela quer reconhecimento,quer atenção,enfim,acaba metendo os pés pelas mãos! Pelo contrário se você souber como lidar com a referência que está recebendo e puder melhorá-la e se possível,superar quem a lançou,meus parabéns- Você oficialmente é um Antes Que Ordinário ! É esta a sensação que eu tenho toda vez que ouço a música e relembro o contexto! E por esta razão,esta canção cai como uma luva para esnobe produtor musical do Nirvana que por sua vez quis criticar brasileiros que cantam em inglês. Em parte ele tem razão,quem que engole um Michel Teló cantando Ai Se Eu Te Pego em inglês? Mas também o próprio produtor é um poser,pois ignora que existe muita gente de talento,que pode cantar até em russo se for preciso,caralho! Kurt Cobain,que eu saiba,era vidrado nos Mutantes,que faziam um trabalho diversificado,algo como uma antropofagia musical revisitada e eles são sinônimo de qualidade,não me leve a mal não cidadão! Além do quê,artistas gringos quando tentam falar em nossa lingua também não soam perfeitos não é mesmo meu povo? Mensagem concluída,recomendo que vocês ouçam e assistam ao clipe original,é viciante! Eu adoro observar o modo como Renato Carasone e os músicos interpretam canção,conseguiram me contagiar com a alegria e descontração com que exercem a sua função que é cantar e tocar,você que eles tem prazer nisso,que são músicos de verdade. O que existe hoje é playback descarado!

P.S: Vocês sabiam que existe uma versão moderna desta música que foi recombinada pela dupla Yolanda Be Cool e que é vulgarmente chamada de Papanamericano?

Aqui está o vídeo de Tu Vuò Fa L'americano (  Você se  faz de Americano ):




Letra traduzida: CLIQUE AQUI

Declaração infeliz do produtor musical do Nirvana : CLIQUE AQUI


Espero que gostem!

Beijocas!