quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sobre o Texto nº1

                Leia atentamente!



Aqui está,recém digitado,o primeiro texto extraído de um livro muito divertido,livro, o qual eu já havia feito menção anteriormente.Só para relembrar,esse é um daqueles textos que circulam por aí,que ninguém sabe o nome,mas que “mediunicamente” tem a sua autoria imputada a algum escritor de destaque.No caso deste texto aqui,o “escolhido”,foi o Luís Fernando Veríssimo.
Não é do Veríssimo,mas,mesmo assim,eu adorei o estilo! Acreditem: Ironicamente,ele é uma “Lição de Vida”,para aqueles que se deixam levar por caminhos tortuosos e se deixam influenciar pelo ambiente.
Eu por exemplo,procuro fugir dessas influências sórdidas.Meu cérebro é extremamente sensível!Mesmo que você não tenha predileção e portanto não ouça essas tranqueiras, involuntariamente o cérebro assimila refrões ridículos,por culpa de algum “eco” perdido vindo de um lugar distante,talvez da casa do vizinho,ou,talvez,como no meu caso,venha de seu próprio lar,esse ruído incômodo,constatando ser tudo obra e graça do seu irmão mais novo retardado...
Eu creio,e você também deveria crer e prestar atenção,no fato de que,o ambiente,pode sugar o seu juízo!Saí do Rio de Janeiro onde praticamente usava tampões nos ouvidos, em busca do meu amor verdadeiro,e acreditei que nunca mais teria que enfrentar “músicas” “elaboradas” como o FUNK carioca.
Me enganei.Aqui em Fortaleza,a danação mesmo é FORRÓ e SWINGUEIRA,que nada mais é do que um mix de tudo o que há de pior:FUNK,AXÉ,FORRÓ e etc.
Ai socorro! Não o confundam com troca de casais!Eu confundi,quando me convidaram para ir a uma.Fiquei vermelha de vergonha! Nem preciso dizer que fui zoada por minhas primas até dizer chega!Mas elas ficaram vermelhas também quando expliquei o que eu havia pensado que era!
Engraçado que,o que é sucesso em Fortaleza ,já caiu em desuso no restante do país.Aqui eles ainda ouvem os míticos grupos de pagode,axé e funk dos anos 90 citados no “desabafo”.
Apesar das referências a esses grupos “míticos” dos anos 90,um  texto como esse, genial, nunca vai perder o contexto,se tornar desatualizado.Sabe porquê?
Porque o  cenário musical continua despencando em queda livre,superou o conceito “droga” e atingiu o patamar “merda”. FATO.E eu não falo apenas do estilo “povão” mencionado pelo autor,não.
Acredito que ele poderia ter acrescentado muito mais ao texto,mas ele atingiu o seu objetivo, que era criticar de uma forma bem humorada,a falta de conteúdo do gênero.
Dos alertas que foram citados no texto,podemos ressaltar os seguintes posicionamentos:
*Alguns artistas continuam populares,outros foram esquecidos;alguns grupos podem ter desaparecido ou só devem estar fazendo poucos shows de fundo de quintal e porta de boteco,mas isso não quer dizer que o “clã” se extinguiu.Pelo contrário.
Do buraco de onde saíram, tem mais,muito mais,eles se reproduzem a níveis exponenciais,basta observar atentamente os lugares onde eles se proliferam,tais como botecos;churrascarias,praias,praças,beiras de estradas,ranchos e agora com uma certa frequência,faculdades.Não,não!Esqueça as públicas e vá direto para as particulares e tire as suas próprias conclusões;
*O Sabadão do Gugu não existe mais,aliás o próprio Gugu mudou de emissora,mas programas de sábado-principalmente os veiculados à tarde- que têm esse tipo de atração para alienar o cérebro de quem assiste à TV,exibindo a mesma porcaria à exaustão,mesmo que seja uma “música” só –com certeza é,pode reparar,esses “fenômenos artísticos” sobrevivem de um único “hit”-e é claro,pode esperar que vai durar umas cinco horas de puro massacre mental de uma nota só,sim,eles continuam a surgir de mentes cada vez mais “criativas”.
Lá estão eles com nomes diferentes,porém duvidosos  e com um poder destrutivo que vai além da compreensão de seus “usuários”! Pô,cara,que “viagem”!
Ninguém me faz engolir um “Rebolation”da vida ou um pseudo poprock-Restart. Eles são pseudo  tudo!
Aff! Até isso! Nos States,é a Disney  lançando pseudo-cantores,pseudo-grupos em conjunto com suas pseudo tramas juvenis,onde sempre tem aquela pseudo-concepção de “populares” e”perdedores”.Muito clichê.
No Brasil,é a Globo lançando pseudo-cantores,pseudo-grupos em conjunto com cada temporada da Malhação,que curiosamente,está a uma cacetaralhada de tempo no ar com o mesmo enredo sobre as pseudo-tramóias juvenis,em que sabemos que sempre vai rolar aquele engasga-gato com direito a prova do crime,planos de A a Z e vídeos comprometedores tudo em ordem sequênciada.Muito clichê.
Quem imita quem nessa porra??!
Como podem ver o assunto é abrangente,e eu direciono os meus aplausos ao autor desse texto,embora ninguém saiba quem ele é! Considere-me altamente alertada Sir!
Povo,cada um tem o direito de ter seus gostos musicais!
Como os amigos do “xinxeiro” musical,eu considero um bálsamo para o meu cérebro uma boa dose de puro Rock! Mas você aí que por acaso,achou o meu comentário,no meu humilde blog,pode achar o contrário, e preferir o estilo que eu não suporto!Mas não pense mal de mim porque eu não penso mal de você,apenas não compactuo!
Cada qual com as suas manias,eu lavo o meu e tu lava o teu!
Divirtam-se lendo o “caso” verídico deste “ex-viciado” na postagem seguinte!
                 
              

Texto nº1

                  
     Diga não às Drogas




Extraído do livro:Caiu na Rede.
Autor desconhecido.
Texto atribuído a Luís Fernando Veríssimo.


Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de “experimenta,depois,quando você quiser,é só parar”...e eu fui na dele.Primeiro ele me ofereceu coisa leve,disse que era de “raiz”,da “terra”,que não fazia mal,e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e,em seguida,um do Leandro e Leonardo.
Achei legal,coisa bem brasileira;mas a parada foi ficando pesada,o consumo cada vez mais frequente,comecei a chamar todo mundo de “Amigo”e acabei comprando pela primeira vez.
Lembro que cheguei na loja e pedi: ----Me dá um CD do Zezé di Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo!
Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de axé.Ele dizia que era para relaxar;sabe,coisa leve...Banda Eva,Cheiro de Amor,Netinho,etc. Com o tempo,meu amigo foi oferecendo coisas piores: É o Tchan,Companhia do Pagode,Asa de Águia e muito mais.
Após o uso contínuo eu já não queria saber de coisas leves,eu queria algo mais pesado,mais desafiador,que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes.Então o meu “amigo” me deu o que eu queria,um CD do Harmonia do Samba.
Minha bunda passou a ser o centro da minha vida,minha razão de existir.Eu pensava por ela,respirava por ela,vivia por ela! Mas depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais,mais,mais...Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência.Fui ao show de encontro dos grupos Karametade e Só pra Contrariar, e até comprei a Caras que tinha o Rodriguinho na capa.Quando dei por mim,já estava com o cabelo pintado de loiro,minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro,meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo.
Não deu outra: entrei para um grupo de pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada,eu e mais doze infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados,sorríamos e fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a coletânea “As melhores do Molejão”.Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sidodissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas.
Meu cérebro estava travado,não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir.Cheguei ao fundo do poço,no limiar da condição humana,quando comecei a escutar “Popozudas,”Bondes,”Tigrões”,”Motinhas” e “Tapinhas”. Comecei a ter delírios,a dizer coisas sem sentido.Quando saía à noite para as festas,pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos.Fui cercado por outros drogados,usuários das drogas mais estranhas;uns nobres queriam mostrar o “caminho das pedras”,outros extremistas preferiam o “caminho dos templos”.
Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa. Hoje estou internado em uma clínica.Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim.Meu tratamento está sendo muito duro:doses cavalares de ROCK,MPB,PROGRESSIVO e BLUES. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao JAZZ e até mesmo a MOZART e BACH.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde,por isso tapam a sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir,vai acabar drogado:alienado,inculto,manobrável,consumível,consumível,descartável e distante;vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria,pratique esportes e,na dúvida,se não puder distinguir o que é droga ou não,faça o seguinte:

*Não ligue a TV no domingo à tarde;
*Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo;
*Não entre em carros com adesivos “Fui”...;
*Se te oferecerem um CD,procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu;
*Mulheres gritando histericamente é outro indício;
*Não compre nenhum CD que tenha mais de seis pessoas na capa;
*Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
*Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo;
*Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil,e;
Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

Mas,principalmente,duvide de tudo e de todos.
A vida é bela!
Eu sei que você consegue!
Diga não às drogas!